sábado, julho 31, 2010

PÚLPITO FRACO, MÚSICA FRACA

PÚLPITO FRACO, MÚSICA FRACA

2616044177_ebf953146f_mAs músicas evangélicas, em geral, não me agradam. Creio que a pobreza dos nossos cânticos seja reflexo da qualidade da nossa pregação. Púlpito fraco, música fraca.

Não gosto de mulher cantando como homem, homem cantando como mulher, mantra no lugar de canções capazes de concatenar ideias, som estridente, rima óbvia, louvor antropocentrico, heresia em forma de canção.


Parece que há músicos cobrando cachê para cantar em igreja, e igreja que paga para esses cantores. Cachês que representam salário de meses de trabalho de muitos pastores fiéis. Isto porque, alguns líderes evangélicos, não acreditam que o Espírito Santo e a verdade a ser proclamada, sejam suficientes para atrair pessoas para uma conferência. O que ocorre? Pastores que deixam a liturgia ser determinada por crentes que permanecem na infância espiritual, e que por isso, exigem daqueles muito movimento, barulho e gente famosa cantando.


O tempo para a pregação acaba tornando-se mínimo. O momento da entrega da mensagem é passado para um pregador que tem que anunciar o evangelho para uma igreja suada e cansada de tanto pular e cantar. Isso é sintomático de uma igreja que precisa de avivamento.

A músicas que até hoje canto nos meus momentos devocionais, são as mesmas que fizeram parte da minha conversão, há 27 anos. Canções que exaltam a Deus na beleza da sua santidade.


Nome

Melhor é o longânimo do que o herói da guerra, e o que domina o seu espírito, do que o que toma uma cidade. Pv 16.32

Contra o que lutamos? Contra nós mesmos.

Daí, melhor a paciência para com o outro:

É treinamento para autodomínio.

O que precisamos conquistar? A nós mesmos.

Daí, melhor dominar o próprio espírito!

Quando a gente muda, uma parte do mundo muda com a gente.


Há os sinalizadores e os voluntariosos:

Os sinalizadores esperam e apontam caminhos.

Eles se conquistaram porque sabem do jeito de viver.

Deus existe: há um jeito certo de viver.

Os voluntariosos só têm tempo para si, para a sua vontade.

Até podem vencer guerras, mas não a principal: consigo mesmo.


Há dois Enoques na Bíblia:

Um herdou uma cidade que lhe era homônima.

A gente não sabe quanto ele viveu.

Sua família, para não mais voltar, saiu da presença de Deus,

Sua família quase levou o mundo a destruição.

O outro era da família que invocava a Deus…

Sabemos quanto tempo e como viveu.

Ele e toda a sua família:

É que só é contado o dia vivido diante de Deus!

Ele andava com Deus… E tanto! Que Deus o tomou para si!

O primeiro dominava uma cidade, o segundo se dominava.


Nome: todos tem um.

Alguns pensam que o nome o fará, e mudam de nome para mudar.

Nome é a gente que faz, com a vida que vive.

Um dia, porém, Deus mudará o nome de todos os que foram tornados seus:

Para o nome que conosco construiu.

Nome: cada um terá o seu!
Fonte: Blog do Autor.

MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - O PREÇO DA LIBERDADE -

MÚSICA CRISTÃ CONTEMPORÂNEA - O PREÇO DA LIBERDADE - 

Por Jorge Camargo

A reforma protestante representou uma ruptura com o mundo medieval. Desde a revolta de Wycliff contra Roma na Inglaterra, passando por Lutero na Alemanha, Calvino e tantos outros que os seguiram, a liberdade passou a ser o lema. Liberdade para ler as Escrituras, para cultuar a Deus, para ser uma comunidade religiosa não vinculada ao Estado, enfim, todas as conquistas que vários registros na História têm destacado nos anos que se seguiram a este movimento tão importante.

Ocorre que a liberdade tem um preço, e um preço muito alto. É só olharmos a realidade religiosa do contexto protestante ao nosso redor. Todo o dia nasce uma nova comunidade, com teologia e prática próprias, apregoando conceitos que seus líderes entendem que sejam inspirados pelos valores expressos no texto sagrado, ou por valores muitas vezes inspirados por outros textos (ou intentos) questionáveis. De novo, este é o preço da liberdade.

Muitos, bem intencionados, têm tentado "pôr ordem na casa", propondo uma mobilização em prol de uma liga aglutinadora de pessoas e valores reformados, que possam dar rumo e ser prumo para uma comunidade tão desintegrada e desconectada. Ledo engano. O "bicho" da liberdade escapou por entre os dedos, saltou na mata e não há santo (no sentido genérico da palavra) que consiga capturá-lo, a fim de trazê-lo de volta à sua redoma... Que cara é esta tal liberdade!

Há 20 e tantos anos trabalhando com música entre as comunidades cristãs, observo que o fenômeno desta liberdade tem se manifestado também nas artes, com toda a intensidade e todas as implicações dela decorrentes. No início desta minha caminhada eram poucos os grupos, raras as produções, difícil o acesso a material importado, por exemplo. Hoje as coisas estão bem diferentes. Por conta, em parte, da abertura econômica dos anos 90, temos nas prateleiras de nossas livrarias todo o tipo de música religiosa internacional à disposição, sem falar na nacional, há algum tempo rotulada de gospel.

Permita-me você, leitor, que está dispondo deste seu tempo tão precioso a fim de ler este texto e, quem sabe, saber onde acaba esta história sobre essa tal liberdade, a mesma liberdade de dizer que discordo deste rótulo para a música que eu e outros temos produzido e veiculado nos últimos anos.

Em nome da herança dos reformadores, em nome de mais de 2.000 anos de história cristã, em nome do bom senso, em nome de minhas convicções pessoais e da paixão com que escrevo as canções para e acerca de Deus, de meus conflitos, minha fé, minhas esperanças, como vejo o mundo e a vida, como interpreto o coração humano a partir do meu próprio coração, permitam-me, em nome desta liberdade, chamar minha música simplesmente de cristã. Sem querer que este nome se torne outro rótulo. Sem precisar de estratégia de marketing a fim de que esta música esteja nas melhores lojas do ramo. Sem expectativas de ser um sucesso. Com desejo, sim, de que outros ouçam, mas não a qualquer preço. Muito menos ao preço dessa liberdade tão preciosa de dizer o que está no coração, e não aquilo que as pesquisas me dizem que os outros querem ouvir.

Isto não é liberdade, e sim prisão. E o preço da prisão, comparado ao enorme preço da liberdade é, ainda assim, infinitamente mais alto.
 

Jorge Camargo é músico, compositor, intérprete, poeta, tradutor e mestreem ciências da religião pela Universidade Mackenzie.

www.jorgecamargo.com.br

sexta-feira, julho 30, 2010

Canto - Crombie

Canto - Crombie
Canto coisas simples, que alguém me contou
Canto a beleza que o olhar notou
Canto o que eu não via e o que pra mim se revelou
Canto a alegria, sei pra onde vou
Canto a esperança que não morre,
A paz que sinto no meu coração.

Essa canção me foi ofertada através do Twitter, pela minha querida Maria Claudia, mais uma amiga que fiz através do site irmaos.com.

SANTOS E AMADOS

SANTOS E AMADOS

3084907896_4d4f69be55_mOs santos são aqueles nos quais tenho o meu prazer. Amo lidar com pessoas que fazem o que fazem porque crêem no que crêem, ou seja, vêem-se tomadas por um -sentimento de inevitabilidade-, que as leva a praticar o cristianismo, em razão do Deus que amam.

As minhas grandes referências na história são aqueles que conseguiram harmonizar ortodoxia com ortopraxia. Foram fiéis à doutrina tanto no que ensinaram quanto na forma com viveram o cristianismo. Não tenho interesse em pensador cristão supostamente brilhante e carnal.

Hoje em dia tenho grande admiração por John Stott, que como poucos soube harmonizar compromisso com a evangelização com compromisso com a defesa dos direitos humanos. Aprecio a integridade intelectual de R.C. Sproul. Creio que o trabalho de Tim Keller, à frente da Redeemer Presbyterian Church, em Nova Iorque, é uma referência de fidelidade às Escrituras associada à capacidade de se comunicar com o homem pós-moderno, e tudo isto dentro de uma proposta de igreja na qual a missão integral é respeitada. 

Conheço um número imenso de anônimos que vivem um cristianismo bonito, cheio de fé, amor pelos perdidos e coragem. Alguns destes tenho podido ver na minha própria igreja. Rapazes e moças, que a despeito das suas dores pessoais, estão em favela e presídio lutando pelos direitos humanos e levando a fé cristã; e nas ruas, clamando contra a imoralidade das mortes violentas.

Tenho grande admiração por gente que consegue conjugar doçura com coragem, interesse por Deus com interesse pelo próximo, fervor missionário com compromisso com direitos humanos, zelo pela doutrina com amor a Deus.

A.C. Costa

Gerson Borges - Nordestino

Gerson Borges - Nordestino 

 

Estava conversando com uma recém amiga de BH via MSN, quando ela falou que meu jeito de ser, minha simpatia, se devia ao fato da minha ascendência ser nordestina, mas especificamente, pernambucana.
Logo veio à minha mente a frase: “Nordestino, não é um destino, é qualificação…”
E é isso, há dois dias acordo com essa música na alma, impregnando-me de vontade de ter um bom sotaque nordestino…

quinta-feira, julho 29, 2010

O rio da minha infância: Jorge Camargo e Gladir Cabral


O rio da minha infância
O rio da minha infância
corre entre as minhas veias,
e suas águas passadas
levam-me em suas teias.
Ando por suas margens,
piso em suas areias,
brinco por suas praias
noites de lua cheia

Nas águas do São Francisco
nas curvas do Itajaí
nas fontes do rio Bonito
nas pedras do Tibaji
encontro sombra e descanso
canoa, remo e cordel
histórias, porto e remanso
cordame e carretel

Entre as águas e o barco
Uma voz diz assim:
Estou em minha terra
e minha terra está em mim
Está em mim o meu povo
está em mim sua voz
fundo de tudo é o todo
lugar do eu é um em nós

quarta-feira, julho 28, 2010

DEBATER OU COMBATER?

DEBATER OU COMBATER?

Cristóvão Buarque, senador da República, disse em programa levado ao ar dia 19 de julho de 2010 que quem tem uma causa não tem o direito de ficar em casa. Falava de coisas positivas da política. Mas o que ele disse serve para crentes e não-crentes militantes. Que se manifestem, mas com serenidade! E a questão é bem esta! Debate ou combate?

Os crentes das ultimas décadas escreveram milhares de livros sobre Deus e sobre Jesus, muitos deles, infelizmente, desrespeitosos com relação aos não-crentes ou aos declaradamente ateus. Agora, os ateus respondem com dureza, ironia e de maneira envolvente, questionando os crentes e o Deus por eles anunciado. Entre eles estão Saramago, Christopher Hitchens, Richard Dawkins, Dan Brown e Daniel Dennet. Há centenas de outros. Como não acreditam em Deus, não é contra ele que lutam. Não lutariam contra o que consideram inexistente! Combatem, sim, a idéia de Deus e quem a divulga! De quebra, combatem os que anunciam que Jesus era o Deus eterno aqui presente.

Do lado dos crentes, são incontáveis os autores das mais diversas correntes de fé a provar que Deus existe e é do jeito que eles anunciam! Mas um grande número deles ainda não consegue ir até o meio da ponte para contemplar, juntos, as mesmas águas...

Há os ateus e os crentes serenos. E há os de cimitarra, de espada, de porrete e de punho fechado. Atingem a religião pelos flancos e acertam nos pontos fracos de todas as igrejas, como nós também acertamos nos pontos fracos do ateísmo que, no poder, silenciou, massacrou, prendeu e matou.

E daí? Aonde vão dar estes livros e estas conferências pró-Deus e contra-Deus, pró-religião e contra-religião? Foi John Lennon que na sua canção mensagem “Imagine” sacudiu meio mundo ao dizer que poderíamos chamá-lo de sonhador, mas ele sugeria que imaginássemos, com ele, um mundo sem religião, sem céu acima e ou inferno abaixo de nós, sem fome, todo mundo se entendendo numa fraternidade humana. Aí, sim, a vida seria vida de verdade e o mundo seria um só!...

Deu o seu recado que os crentes cantaram sem pensar no que diziam. Cantavam contra si mesmos!...

O mundo está repleto de pessoas que nunca precisaram, ou que cada vez precisam menos de religião e de Deus. Está, também, repleto de crentes que aceitam, precisam de Deus e o procuram. Conseguirão debater sem combater? Enquanto houver respeito, tudo bem! Triste será quando os agressivos de ambos os lados se encontrarem de punhos cerrados. Já aconteceu e sabemos no que deu!

terça-feira, julho 27, 2010

Uma ovelha fala da vida no rebanho

Uma ovelha fala da vida no rebanho


O nosso dono é o meu pastor, ele não terceirizou o nosso apascentamento, ele mesmo cuida de tudo e eu não preciso de mais nada.

O movimento de nosso pastor é me levar a descansar. Ele nos coloca num pasto estourando de verde, e eu como daquela abundância! Mas, miraculosamente, contrário ao que me seria natural, ao invés de comer, vorazmente, até consumir a própria raiz da relva toda, eu como a me saciar e deito-me em completo descanso. Nosso pastor me faz compreender que não preciso me desesperar, sempre haverá alimento para nós.

Aí, ele nos leva para tomar água, e como eu sou estabanada, e qualquer movimento me leva a perder o equilíbrio, ele me leva a um lugar especial: não é água parada, então, não corro o risco de contrair nenhuma enfermidade; e, também, não são águas corredeiras, então, não corro o risco de ser arrastada pela correnteza; são águas tranqüilas, e, nesse estado de descanso, me dessedento tranquilamente, sabendo que não serei atacada enquanto me inclino para beber, porque o nosso pastor cuida de mim.

Eu vou com o nosso pastor por qualquer caminho. Eu me deixo conduzir! Não saio do estado de descanso, porque o nosso pastor escolhe sempre o melhor caminho... É uma questão de honra para ele!

Mesmo quando eu não consigo ver um palmo a frente do nariz, quando o caminho está coberto por uma sombra que parece cobrir qualquer luz, e percebo que a própria morte me espreita, e que é um caminho estreito, escorregadio, perigoso, que basta resvalar uma das patas para precipitar-me desfiladeiro abaixo... Eu não tenho medo! O nosso pastor está comigo e me protege: ele tem como, eficazmente, me puxar, se eu ameaçar cair; e eu sei que ele, pronta e precisamente, tocará na pata que estiver a ponto de escorregar e terei como endireitar o meu passo. Isso me consola em meio a essa escuridão, e permaneço em estado de descanso.

E quando lobos, leões, ladrões e mercenários se aproximam... Prontos para o ataque! O nosso pastor, ao invés de sair afugentando-os, prepara um banquete para mim, e continuo a desfrutar do descanso, da paz e de alegria, como de um copo a transbordar! Fica claro, para mim, que os meus inimigos não têm como me alcançar. O nosso pastor é uma barreira intransponível!

Eu quero ficar para sempre nesse rebanho! Aqui eu desfruto da bondade e da misericórdia do nosso dono e pastor. E o nosso pastor me garante que ficarei sempre aqui, com ele, desfrutando desse descanso promovido por sua bondade e misericórdia. Ele nunca vai embora... Ele mora conosco... Melhor! Ele mora em nós e nós nele! Nós somos a casa dele, e ele a casa da gente!

P.S. Talvez você me pergunte: Como é isso? Você fala de ser pastoreado por um pastor único e incomparável, e fala na primeira pessoa do singular, quando sabemos que um pastor apascenta rebanho e não, individualmente, a cada ovelha. Eu respondo: certa vez uma ovelha doutro rebanho qualquer, a observar como o nosso rebanho se movia em bloco, aproximou-se e me questionou sobre como a gente o conseguia. Eu lhe disse que era por causa de nosso pastor, nós o ouvíamos e o obedecíamos. Ela retrucou: Mas eu não consigo ver o seu pastor! E eu expliquei: é que o nosso pastor mora em nós! Nós estamos em rebanho, e o sabemos, mas, como ele mora em nós, embora ele fale a todas, cada uma de nós o ouve como se ele estivesse falando a cada uma de nós, de modo exclusivo. E sabe de uma coisa? Ele o está! De jeito inclusivo ele está falando de forma exclusiva a cada uma de nós. O nosso pastor é assim: nos mantém em unidade enquanto sustenta, em cada uma de nós, a particular identidade!
 

C.S.LEWIS: O AMOR E O INFERNO

Via: Adverus Haereses

CARTA ABERTA A CHICO ANYSIO

DEUS? QUE DEUS?
"Mas e então? Que Deus é este que deixa que morra um menino de 18 anos, à espera de começar seu caminho na vida e deixa vivo e solto o animal que o atropelou, o débil mental que faz de um tunel uma pista de corrida e simplesmente arranca da vida um ser bonito, jovem, ansioso por começar a viver, filho de uma mãe maravilhosa, como colega, como amiga e como pessoa? Para onde Deus estava olhando quando isto aconteceu? Para onde ele olha enquanto negras magérrimas juntam areia a um pouco de água suja e dão para seus filhos na esperança de o salvar? Não é Ele que tudo sabe e que tudo vê? E como não vê o eterno inferno em que vivem judeus e palestinos por causa de dois palmos de terra? Deus é onipresente? E quando o Bruno matou ou mandou matar a mulher que lhe dera um filho e dele desejava o dinheiro suficiente para a criança sobrevier? Deus é onisciente? Então ele sabia que o Rafael teria que morrer naquele dia, naquela hora e daquele modo. Sendo assim, meus amigos eu deixo à disposição de todos a minha parte de Deus porque se Ele tem e é tantos “onis” e o mundo está como está, eu prefiro ficar sozinho."
 
                                                                                                                                      Chico Anysio
 
A vida e a morte são dois lados da mesma moeda. São irmãs siamesas que se unem de modo sucessivo; primeiro a vida, depois a morte.
Não haveria devoção a Deus se o ser humano fosse conservado e fadado a morrer apenas na velhice – um mero infarto. Por que haveria descrença justificada na morte prematura de um ser vivo?
Fato é que por crermos que Deus é uma espécie de garçom galáctico, ele haveria de nos poupar das fatalidades cruéis e nos abastar conforme o desejo de cada um.
Esse Deus não existe e se existisse, ele seria o responsável pela morte do Rafael, filho da Cissa Guimarães.
O Deus que você deixou de crer e o Deus que a grande massa crê são uma, a extremidade da outra, e está abaixo da linha do horizonte daquilo que de fato é e existe.
 
A percepção de que há um Deus não é apenas fator de necessidade, é uma identidade do Homem e o que apenas vai se esvaindo pela história no rolo compressor da evolução do pensamento, são as teorias a cerca dele.
Hoje, você desiste e abandona suas suspeições de que Ele existe, porém, saiba: ninguém crê ou descrê nele por desistência ou esforço intelectual.
Se suas agruras lhe fizeram perder a fé, permita-me dizer que você perdeu apenas o “apetite” de sustentar suas convicções de crenças.
 
A fé não é convicção de nada que não seja um eco daquilo que ressoa dentro do coração humano.
Um grande e bom coração que ressoa amor, não pode confessar incredulidade. Um grande e bom coração é encontrado por Deus mesmo em face de decepção, ignorância e ceticismo.
Ainda que a boca humana confesse algo, nem sempre o que dizemos, de fato, é o que cremos.
Há quem diz, publicamente, “sim” sobre Deus, porém o coração diz “não”. Há quem diz, publicamente, “não” sobre Deus, porém o coração diz “sim”.
 
Outra coisa, Deus não tem respostas. Deus é a própria resposta. A resposta dele é que ele reconciliou o Homem ao seu seio e debaixo de sua dextra, tudo nasce, tudo cresce, tudo morre e em morrendo, tudo volta a ter vida nele e para sempre.
 
Somos e sempre seremos filhos dele com toda a nossa revolta contra Ele e com todo o nosso entulho de informação que especulamos a respeito dele.
Hoje, você proclama independência intelectual a respeito de Deus, porém somente uma coisa validaria e isso não tem a ver com suas convicções, tem a ver com quem você é, como você viveu e como você se relaciona dentro deste elo de vida humana.
Bem-aventurado é aquele que consegue reverberar em convicção aquilo que ele não creu com palavras, mas com jeito de ser e viver.
 
Nós somos tão pueris que não cabe a nós saber quem somos através do que cremos cabe a Deus saber e julgar o que de fato cremos pelo o que de fato somos.
O amor de Deus não tapa buraco existencial e não impede de que tragédias aconteçam. O amor de Deus é o chão que acolhe todo o suor e sangue e faz brotar esperança, amparo e unidade com o seu próprio semelhante.
 
Na angústia, Deus é “Deus em você e em mim” ao que sofre, ao que geme. Choremos e cuidemos uns dos outros.
Chico Anysio, esta carta é expressão de minha admiração a você e consciência de que quem sabe melhor de nós, é Deus.


segunda-feira, julho 26, 2010

Matt Redman e a importância da Trindade nas canções de adoração


Esse é um post um pouco longo, mas creio que seja necessário. Como já disse em algum lugar na internet, creio que boa teologia é fundamental, inclusive para nós, líderes de louvor. Matt Redman escreveu um artigo para a revista Worshipleader (você encontra o original, em inglês, aqui) falando sobre a importância da doutrina da Trindade da adoração de hoje.
Ele levanta a bola, e eu tento chutar pro gol.
Após o texto, você encontra dois links, ambos excelentes: no primeiro, você encontra o Credo de Atanásio, que é um importante Credo da Igreja e é essencialmente Trinitariano. No segundo link, você encontra uma série de artigos e textos sobre a trindade, escritos por excelentes teólogos brasileiros e estrangeiros. Eu indico fortemente todos eles. Há um, inclusive, do meu professor no Seminário, Franklin Ferreira, que fala sobre a doutrina da Trindade para Agostinho. Aproveitem!
 
Com tradução de Eduardo Mano e revisão de Gustavo Nagel
Julgando por suas perguntas, minha filha de 4 anos, Maisey, está se tornando uma teóloga. Recentemente, com sua pequena e questionadora mente em velocidade total, ela soltou uma pergunta difícil para mim: "Papai, Jesus é Deus ou Ele é o Filho de Deus?". Tomado pela surpresa, tentei explicar da maneira mais simples possível que Ele é ambos. "Ahhhh", veio então sua resposta frustrada, "isso é tão confuso!". E sorrindo para mim mesmo eu estava feliz que ela queria ter uma imagem mais clara de quem Deus é.
Há um grande desafio a todos os líderes de adoração e compositores de hoje, para que apresentem uma clara imagem de quem Deus é através das músicas que cantamos. Isso não é apenas uma questão de honrar o Nome de Deus tão plenamente quanto possível – mas também nossas canções de adoração têm um importante papel ao influenciar a visão das pessoas a respeito de Deus. Uma responsabilidade assustadora e pesada.

Atenção urgente
Eu, recentemente, escrevi a líderes de louvor de várias correntes dentro da Igreja, perguntando a eles quais áreas da Teologia precisavam de uma atenção urgente nas canções de adoração de hoje. Em outras palavras, quais são as lacunas e os pontos-cego em nossa atual dieta de adoração? De longe, a mais freqüente resposta foi a Trindade. Como Chris Cocksworth, Diretor da Ridley Hall, em Cambridge, resumiu:
"Precisamos que a ‘geografia Trinitariana de adoração Cristã’ seja esclarecida em nossas canções de adoração"(1)
O professor Lester Ruth, do Seminário Asbury, recentemente completou um estudo fascinante acerca do uso de canções de adoração Trinitarianas nas igrejas dos Estados Unidos entre os anos de 1989 e 2004. Ele identificou as 72 canções mais cantadas nesse período, como documentado no CCLI, e estudou seu conteúdo, particularmente com uma visão de contemplar a visão acerca da Trindade das mesmas. Professor Ruth descobriu que nenhuma das 72 músicas referem-se explicitamente à Trindade ou à natureza Triuna de Deus. E, ainda mais ao ponto, apenas três das músicas referem-se, ou nomeiam, todas as pessoas da Trindade. Em particular, poucas delas são dirigidas a Deus Pai ou ao Espírito Santo. Essas chocantes descobertas deveriam servir como um alerta aos compositores e dirigentes de culto em todos os lugares.

Confiança teológica
Minha teoria é que para muitos de nós, músicos, nossa falta de produção conformada à Trindade é devida à falta de confiança, falta de certeza teológica nessa área. Com certeza, nós sabemos que Deus é Pai, Filho e Espírito Santo. Ou, talvez, nós estejamos incertos quanto a como as Três Pessoas da Trindade interagem quando se trata da adoração, e acabamos petrificados de medo com a possibilidade de escrever algo que seja, na melhor das hipóteses, uma má interpretação, e na pior das hipóteses, uma heresia. Portanto, instintivamente, preferimos evitar essa área por completo, ao invés de afundar-nos em um poço teológico. Para outros, pode haver diferentes razões. Talvez nós simplesmente não tenhamos pensado nessa área o bastante. Qualquer que seja o caso, a correção chegou, e agora é a hora de compositores e líderes de adoração responderem positivamente a esse alerta.

Nós escrevemos o que lemos
A melhor forma de produzirmos algo é, em primeiro lugar, captarmos dados. Devemos nos imergir neste tema, usando todas as fontes disponíveis: livros, cursos e professores. Às vezes um teólogo nos ajudará a colocar em palavras, ou a entendermos mais profundamente aquilo que instintivamente nós cremos ser verdade, e, assim, nos ajudar a trilhar um caminho que ajudará outros. Há tempos em que precisamos escrever claramente acerca da Trindade, nos dirigindo e respondendo a cada uma das Pessoas que a compõe pelo Nome. Há várias canções disponíveis em que cantamos ao Pai na primeira estrofe, ao Filho na segunda estrofe e ao Espírito na terceira, e isso é ótimo.
Mas esse não precisa ser o único modelo.
Outras vezes, nossa referência não precisa ser tão explícita, mas ainda assim um senso da Trindade deve estar sempre lá, mesmo que ao fundo. Robin Parry diz, "quando se trata da adoração, a Trindade deve ser como a gramática em uma frase"(2). Nem sempre é explícito, mas ela dá base e forma a tudo.
Voltando a Chris Cocksworth e suas sábias palavras:
"Às vezes eu sinto que nossas canções de adoração não permitem que a canção que Jesus canta ao Pai seja cantada em mim. Embora as canções me levem a Jesus, elas nem sempre me levam para, com e através de Jesus àquele que Ele chama de Abba." (3)
Dirigentes e Líderes de Adoração, aceitemos o desafio.
 
[Nota do autor - As músicas de Matt Redman incluem "Essência da Adoração", "Better is One Day" e "Blessed Be Your Name". Como autor, ele escreveu "The Unquenchable Worshipper", "Facedown" e "Blessed Be Your Name". Matt, sua esposa e três filhos vivem em West Sussex, Inglaterra].
 
Referências:
(1) e (3) Chris Cocksworth, "Inside, Out Worship", Matt Redman e amigos, Regal Books, 2005.
(2) Veja o excelente novo livro de Robin Parry, "Worshipping Trinity", Paternoster Press, 2005.

Links sobre a Trindade (em português):
Site Monergismo, seção Trindade 
Texto original em worshipleader.com

domingo, julho 25, 2010

Voltando a falar de vulnerabilidade

Voltando a falar de vulnerabilidade


Semana dessas me peguei pensando sobre vulnerabilidade. Inclusive escrevei sobre isso e criei minhas próprias teorias loucas que não sei se são verdades absolutas, mas que ao menos têm funcionando pra mim. Cheguei à conclusão de que é impossível se relacionar sem se tornar vulnerável. É como diz o trecho de uma canção de Vinícius de Morais que gosto muito: “Quem de dentro de si não sai, vai morrer sem amar alguém”.

Pesquisando textos de C. S. Lewis na internet essa semana, me deparei com um texto seu que reflete exatamente o pensamento que tenho tido sobre vulnerabilidade. É  a mesma linha de  pensamento só que organizada por um mestre das palavras e das idéias. Ai  está:

Amar é sempre ser vulnerável. Ame qualquer coisa e certamente o seu coração vai doer e talvez partir-se. Se quiser ter a certeza de mantê-lo intacto , você não deve entregá-lo a ninguém , nem mesmo a um animal. Envolva- se cuidadosamente nos seus hobbies e pequenos luxos, evite qualquer envolvimento, guarde-o na segurança do esquife do seu egoísmo. Mas nesse esquife – seguro , sem movimento , sem ar – ele vai mudar. Ele não vai partir-se – vai tornar- se indestrutível, impenetrável , irredimível. A alternativa a uma tragédia ou pelo menos ao risco de uma tragédia é a condenação. O único lugar além do céu onde se pode estar perfeitamente a salvo de todos os riscos e perturbações do amor é o inferno.” –

C.S. Lewis em “Os quatro amores”  

Via Observatório do Cotidiano

O Tempo é Hoje - Thomas Watson

O Tempo é Hoje - Thomas Watson

É uma loucura adiar o desenvolvimento da salvação até o cair da tarde, até o pôr do sol. "A noite vem, quando ninguém pode trabalhar. " (João 9:4).

Um marinheiro seria muito imprudente se permanecesse ancorado quando o navio está equipado, com as máquinas com capacidade, vento favorável, e o mar calmo, porém ao chegar a tempestade e o navio começar a se encher de água, então se decidisse a içar velas para a viagem. Esta é a condição daquele que negligencia a saúde e o vigor, e quando a idade avançada chega e sua máquina estiver já arruinada, então ele começa a pensar na sua viagem em direção ao céu. E muito questionável se Deus irá aceitar o arrependimento dele quando já é tão tarde. 

Estações do Amor

Estações do Amor

Composição: Guilherme Kerr / João Alexandre
Nas folhas de um outono,
Imagens e canções
O teu olhar risonho
Sonho meu, recordações...
Quanta saudade, teu olhar
Outra estação e o frio
Faz tudo emudecer,
Só teu falar macio
Pode a alma aquecer,
Quanta ternura, teu falar
E enfim a primavera
Vem perfumar o céu
Canções azuis, quimera
Ter você ao lado meu
Ver que o verão vem vindo,
Calor, intensa luz,
E o teu amor mais lindo
Torna doce a vida e me seduz...

sábado, julho 24, 2010

leão ou chacal

leão ou chacal


Após a conversão de Sundar Singh, houve grande tumulto na cidade. A escola protestante foi fechada, os missionários tiveram que fugir para Ludhiana. Em casa, o pai de Sundar tentou dissuadi-lo dessa nova fé:
“Meu querido filho – luz dos meus olhos, conforto do meu coração – que você tenha vida longa! Como seu pai, eu clamo para que você considere sua família. Certamente você não deseja que o nome de sua família caia em desgraça. Certamente essa religião cristã não ensina a desobediência aos pais. Eu ordeno que você cumpra o seu dever e se case. Já escolhi uma noiva, como é nosso costume, e tudo está preparado. Como presente de noivado, eu vou lhe deixar uma herança de 150.000,00 rúpias, que garantirão a você e à sua família uma vida confortável e segura. Seu tio ainda vai lhe dar uma grande herança em ouro.
“Estou sendo bem razoável, meu filho. Mas se você se recusar a ouvir-me, então saberei que está disposto a desonrar sua família, e não terei outra alternativa senão deserdá-lo. Você está usando o bracelete de um Sikh, você está usando cabelos compridos como um sinal de um Sikh, você tem o sobrenome de um Sikh. Será que você se esqueceu do significado do nome que nossos pais adotaram? Você esqueceu o que significa ser um Singh?
“Não, pai; esse nome quer dizer ‘leão’.
“Você sabe o significado de nosso nome, e ainda assim age como um chacal do deserto. Por quê? Chegou o tempo de você fazer sua escolha”.
Sundar Singh voltou ao seu quarto e orou. Então cortou seu cabelo
(The Wisdom of the Sadhu, p. 27-8).

uma canção para clara

uma canção para clara

O Conde Favorino Scifi caminha agitadamente pelo palácio da família na cidade de Assis. Ele está muito aborrecido. É que sua filha Clara não aceita se casar. Ela tem apenas 12 anos de idade. Clara é sua filha mais velha e acaba de perder a chance de um casamento milionário.
st-clara1Mas o susto maior para a família veio seis anos depois, quando Clara tinha 18 anos. Após ouvir um sermão de Francisco de Assis, ela colocou na cabeça que seria freira. Assim, fugiu de casa de noite e foi, acompanhada por sua tia Bianca, até a pequena capela de Porciúncula encontrar-se com o Francisco e seus monges.
Ali, ela trocou suas vestes ricas e coloridas por uma túnica surrada e um capuz grosseiro. Clara também cortou seus cabelos e tornou-se uma freira franciscana.
Como freira franciscana, Clara renunciou a todas as riquezas a que tinha direito como filha de um conde naquela época, terras, tesouros, vestes nobres… Francisco de Assis deixou Clara sob os cuidados das irmãs beneditinas do convento de São Paulo em Batia.
A família de Clara tentou trazê-la para casa, mas não conseguiu convencê-la a quebrar os votos que ela havia feito. Foi uma decisão difícil, mas ela sabia que era preciso seguir o plano de Deus: e achar consolo em Sua família.
Poucos meses depois a sua irmã Agnes juntou-se a ela e tornou-se freira também Franciscana. Isto trouxe grande alegria ao coração de Clara.
Dessa vez o pai mandou doze homens para agarrar e trazer Agnes de volta, à força. Clara ficou apenas orando a Deus. O pai voltou para casa desapontado mais uma vez.
Como muitas outras mulheres foram se unindo a Clara, Francisco de Assis reconstruiu uma casa antiga para que ali funcionasse a primeira comunidade de mulheres franciscanas. A casa ficava fora da cidade de Assis, perto da igreja de São Damião.
Clara foi designada para ser a abadessa da nova ordem que se chamou a Ordem das Pobres Claras, uma comunidade marcada pela piedade e que vivia só de esmolas que o povo dava.
Com a morte do marido, a mãe de Clara foi se juntar à filha no convento. A outra irmã de Clara, chamada Beatriz, e até a sua tia Bianca também se juntaram a ela.
Muitas jovens foram se unindo à ordem das Pobres Claras. Assim, muitos mosteiros foram abertos pela Europa.
A vida de Clara foi marcada por intensa contemplação, santidade e sabedoria. Ela reservava grande parte do seu dia para a oração e para a meditação espiritual.
No convento, ela recebia a visita de muitas pessoas em busca de um conselho, de uma palavra de orientação e consolo. Diversos líderes, até mesmo líderes espirituais, buscavam as palavras sábias de Clara.
Por duas vezes Clara salvou a cidade de Assis. Certa vez a cidade foi cercada pelas tropas do Imperador Frederico II. Eles queriam invadir a cidade e já estavam subindo pelos muros.
Clara estava enferma, mas teve que sair da sua cama e foi até os muros da cidade, levando consigo os sacramentos, para falar com os soldados.
Quando os soldados viram Clara no muro ficaram assustados e fugiram apavorados, como se vissem algo muito sagrado. O povo da cidade ficou muito aliviado e feliz por ter Clara morando com eles.
Mais tarde, o exército retornou sob o comando do general Vitale de Aversa, que não tinha vindo junto na primeira vez. O general chegou com um exército bem maior dessa vez.
Clara se ajoelhou e começou a orar a Deus pedindo socorro, e suas irmãs ao redor dela também se ajoelharam e começaram a orar. De repente surgiu uma grande tempestade e derrubou as barracas dos soldados, deixando todos em pânico.
Os soldados fugiram novamente, e dessa vez não voltaram mais.
Clara ajudou Francisco de Assis em seus momentos de dúvida e angústia espiritual. Ela insistiu para que ele continuasse sua missão junto ao povo simples, para que ele não ficasse apenas contemplando a Deus mas pregasse e ensinasse ao povo carente.
Depois de 27 anos de intensa vida espiritual e de uma saúde bem frágil, Clara já não conseguia sair mais da cama, mas mesmo assim pedia para as irmãs a ajudarem a se sentar na cama. E assim, reclinada, ela fazia fios para que depois se fizessem roupas para os pobres.
No seu momento final, Clara estava rodeada de pessoas que amavam. Ela pediu que lessem as Escrituras Sagradas, justamente na passagem que fala do sofrimento de Cristo pela humanidade.
Clara noite, eu vejo cada estrela
Passeando solta nos braços do céu.
Calma lua, tão clara e sorridente
Para o meu poente por trás do seu véu.
.
Eu vejo cores por todo canto,
Eu vejo flores em cada campo
E seus odores são como o favo do mel.
O céu da noite iluminado
Parece um parque todo enfeitado
A dança leve do giro de um carrossel.
.
Cada dia, eu vejo uma constelação
De tanta gente que passa por mim.
Pés descalços, crianças indigentes
São como pingentes de um mundo sem fim.
.
Eu vejo um riso em cada rosto,
Apesar do gosto de cada dia.
Eu vejo um dia de uma alegria geral.
Eu quero todos de roupa nova,
De braços dados cantando a trova
Na dança-roda de um mundo novo e sem mal.
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Fonte: Blog Gladir Cabral